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O Fim de toda a Vitimização


A maior parte de nós está envolvido num conjunto de problemas a vários níveis nas nossas vidas, quer seja nas nossas relações, na nossa profissão ou com problemas no nosso mundo interior, com a nossa própria mente e alma. Todos os dias acordamos e pensamos o que é que temos de resolver, o que é que temos de fazer para sobreviver mais um dia, para subsistir e aguentar e é exatamente por isso que ficamos envolvidos totalmente com o nosso planeta de problemas que nos consomem e que nos fazem perder toda a beleza da vida que nos rodeia. Uma das coisas que qualquer problema faz é iludir-nos que aquilo porque estamos a passar é algo completamente único, totalmente novo e que ninguém está a passar pelo mesmo, criando muitas vezes um sentimento de incompreensão e solidão dentro do nosso ser. Todavia, este pensamento é exatamente um dos maiores criadores de obstáculos nas nossas vidas porque permite pessoalizar todas as questões que nos afetam e desta maneira o ego pode entrar em ação, tornando-se naquilo que ele adora ser, nomeadamente, um verdadeiro rei do drama. Começamos a chorar e a queixarmo-nos aos sete cantos da terra sobre o que nos afeta, sobre o/a namorado/a que não quer saber de nós, da doença que nos aflige, do dinheiro que nos falta, dos comentários das outras pessoas, das “injustiças” que sofremos, entre uma miríade de situações sem nos apercebermos de que as dores que nos magoam não são apenas nossas, mas sim de toda a gente. Todos nós vivemos praticamente os mesmos problemas, com variantes diferentes para cada pessoa, mas continuam a ser os mesmos de raiz. Existem milhões de pessoas que sentem a vossa dor, porque não são dores únicas e isoladas, mas sim dores da humanidade, maleitas que existem desde sempre devido à maior disfunção que temos enquanto espécie e que poucos são capazes de identificar : o ego. O nosso ego só pode sobreviver numa situação de pessoalização das circunstâncias porque não pode existir drama quando percebemos que não somos castigados pelo o universo propositadamente e que nem a vida está a ser injusta particularmente para nós e entendemos que não só milhões vivem na mesma disfunção mas que como existe causa e efeito na Natureza, temos ultimamente de ser responsáveis pelo nosso próprio sofrimento, através da nossa inconsciência sobre quem realmente somos. Lembrem-se que sem drama não pode existir ego, tal como não pode existir sem uma sensação de “especialidade”. Se o ego não puder ser o melhor de todos os outros egos então ele prefere ser o pior de todos, ser o mais miserável e mais azarado, porque ao menos assim destaca-se, individualiza-se e separa-se. Não pode existir ego na união verdadeira e este percebe perfeitamente isto e por isso tenta todas as táticas para vos manter na ilusão de que são especiais e acima de tudo diferentes. Não me entendam mal nestas palavras, pois acredito que todos nós somos especiais e que todos nós somos únicos na nossa expressão, mas sei também ao mesmo tempo que temos uma origem comum e que por baixo da superfície somos todos exatamente o mesmo, literalmente. O ego quer é sentir-se mais especial e importante que os outros, não apenas sentir-se especial e esse é o caminho mais rápido para aumentar todas as nossas adversidades, ironicamente. Da próxima vez que se sentirem em baixo, qualquer que seja a razão que vos motiva a ficarem assim, lembrem-se que não estão sozinhos na vossa dor, não se isolem e pensem que ninguém vos vai compreender e façam exatamente o oposto destes instintos egóicos. Sintam a vossa dor no vosso corpo, vejam onde ela está localizada e permitam-na expressar-se tendo consciência que vocês não são o vosso problema nem a vossa dor, mas que esta apenas se está a expressar por vocês. Quanto mais fizerem isto, curiosamente menos “problemas” vão ter porque estes nessa altura já não são mais necessários para acordarem. Não se esqueçam do vosso mundo exterior e se puderem mudar a situação que vos aflige e transmutar essa mesma realidade para situações mais favoráveis, ajam imediatamente e com todas as vossas forças sempre percebendo a paz que vos acompanha eternamente, mesmo no meio das tempestades.


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