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A Filosofia do Pacman - A Saída do Labírinto!


Aúdio-Artigo, basta clicar Play

Hoje começo com um desafio para todos vocês. Não se preocupem, é muito simples. Olhem para as pessoas que passam por vocês no meio da rua e analisem o seu andar, o seu olhar e a expressão que têm no rosto. Provavelmente, vais encontrar indíviduos cabisbaixos, tensos, quase robóticos apressados para irem para o seu emprego, a sua casa, amigos, ou qualquer outra atividade. Como é que a nossa sociedade, que supostamente está a evoluir constantemente, onde todos os anos recebemos novos avanços tecnológicos e médicos incríveis, pode produzir tantos seres infelizes? Não é suposto estarmos progressivamente mais felizes e não o seu oposto? A raíz deste problema humano vai bem fundo, e para o exemplificar vou-vos dar uma metáfora que considero ser interessante. A Filosofia do Pacman

O Pacman é um jogo criado pela empresa Namco, tendo sido produzido originalmente para Arcade na década de 1980, tornando-se num dos jogos mais populares da altura, ao ponto de neste momento ser considerado como um verdadeiro clássico dos videojogos. O seu objetivo é muito básico e simples: O jogador, encarnando a figura do pacman, procura comer todas as pastilhas presentes nos vários labirintos, fugindo dos vários fantasmas que o perseguem. Quanto mais o pacman consegue comer pastilhas e fugir do alcance dos fantasmas, mais o jogador consegue progredir para níveis de cada vez maior dificuldade dentro do jogo. Este conceito muito simples acaba por revelar dentro desta mesma simplicidade, um significado profundo, que se relaciona com a vida que cada um de nós leva no seu dia a dia.

O pacman vive motivado apenas por uma única coisa, ou seja, o seu desejo de se alimentar e sobreviver.

Para isto, este personagem não tem problema a tudo fazer para conseguir obter as suas tão cobiçadas pastilhas, mesmo que tal o possa por em perigo de morte, podendo em cada esquina, ter um encontro fatal com os fantasmas que o perseguem. Após esta breve descrição, lembraste de alguém que possa estar a viver de uma forma semelhante ao protagonista deste videojogo? As pessoas que vês na rua completamente desvitalizadas, estão a jogar exatamente o mesmo jogo que o pacman. Não, elas até podem não conhecer este jogo, mas conhecem muito bem o fundamento do significado profundo que está na base do desejo desenfreado deste protagonista para se conseguir alimentar constantemente: A mentalidade da sobrevivência! O pacman representa um ser que vive continuamente à procura de sobreviver, à procura da próxima pastilha, receando não ver a próxima, por estar a ser perseguido pelos maldosos fantasmas. A verdade é que a maior parte de nós se sente exatamente como o pacman, ou seja, à procura constante de sobreviver, de literalmente por vezes, encontrar comida para si e para os que ama, numa corrida de sobrevivência, numa sociedade que pode ser muito bem descrita como labiríntica. Acordamos todos os dias atolhados de tarefas sem sentido que temos de cumprir, que nos preenchem as melhores horas do dia, não porque as amamos e sentimos paixão por elas, mas porque temos medo. Mas medo de quê? Medo dos fantasmas que nos perseguem a um ritmo cada vez mais rápido, que estão à procura de se encontrarem connosco e nos retirarem a possibilidade de progredirmos mais, prendendo-nos na pior prisão de todas, ou seja, a da sobrevivência perpétua. A Saída do Labírinto

A realidade é que estes fantasmas que nos querem aprisionar, têm, muito secretamente, um medo profundo.

Eles temem com todas as suas forças que algum dia, o pacman que eles perseguem, se aperceba de algo muito simples, mas muito poderoso: Tal como ele consegue comer todas as pastilhas, ele também consegue comer os seus fantasmas! O próprio jogo apresenta-nos essa possibilidade, pois quando o nosso protagonista consome uma pastilha especial, de repente, vê-se na capacidade de perseguir os fantasmas que continuamente procuram por ele no labirinto.

E os fantasmas sentem isso, pois fogem rapidamente do pacman!

Na nossa sociedade, as forças opressoras que nos prendem e nos torturam com limitações atrás de limitações, temem também que cada um de nós se aperceba do seu poder pessoal para transformar toda a sua vida.

No momento em que tal acontecer, no momento em que reclamarmos o nosso poder pessoal e dissermos:

Chega! Basta de limitações! A partir de hoje eu estou no comando e quem me vier prender, será comido pela minha força de vontade e paixão por viver verdadeiramente!

Todo o mundo mudará, para sempre.

Não, não estou a exagerar, acredito que todas as formas de funcionamento da nossa sociedade se alterarão para acomodarem em si o novo homem, um super-homem que vive centrado no seu coração e não na sua cabeça altamente racional. Quem vive demasiado preso na sua cabeça, não vive, apenas sobrevive e é exatamente disso que os nossos fantasmas interiores, bem como os exteriores se alimentam. Na realidade nenhum fantasma tem poder sobre nós, pois nós é que lhe damos todo o nosso poder, de mão beijada, por não acreditarmos nas nossas potencialidades. Eu acredito que nenhum ser humano nasceu para sobreviver, para se arrastar desesperadamente à procura de mais alimento.

Eu acredito que nascemos com o direito natural de VIVER, de prosperarmos na abundância natural que existe reservada para cada um de nós.

A paz é o nosso estado natural, não a guerra. O amor é a maior verdade, não o ódio. A paixão é o verdadeiro motor da criação, não a vingança. Quem implementou essas ideias negativas na nossa mente coletiva foram os fantasmas que parasitam em nós.

Sejamos verdadeiramente livres hoje e agora, libertemos o pacman!

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