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As 4 Disfunções em Relações: O Segredo para Todos os Conflitos!

Aúdio-Artigo: Basta clicar Play

O ser humano cresce hoje em dia, com uma das premissas que mais danificam a compreensão e a ligação entre indíviduos, e pouca gente consegue verdadeiramente perceber qual é essa crença que nos têm dado imensas dores de cabeça, confusões, e ódios.

Quantas vezes nós discutimos e entramos em conflitos pessoais com quem nos rodeia?

O quão frustrados isso nos deixa, principalmente por não conseguirmos muitas vezes compreender ou até comunicar verdadeiramente inclusive com as pessoas que mais amamos?

Muitos de nós já desistiram de procurar a resposta a esta questão, pois sentem que o ser humano é exatamente assim, uma criatura que arranja sempre conflitos e que está impedida de encontrar verdadeira paz e amor, tanto dentro de si, como fora.

Mas recentemente, através das minhas experiências pessoais, encontrei a saída deste estado de caos constante.

Eu apercebi-me que estava a viver com uma das conclusões mais falsas que a Humanidade ainda hoje pensa ser verdadeira:

Nós pensamos que somos, acima de tudo, seres racionais, e que a razão é o verdadeiro motivo de todas as nossas ações.

Não podia ter estado mais errado, porque a verdade é que somos em primeiro lugar, seres de emoções e não seres racionais!

Todos os dias, estamos constantemente a tentar responder a um conjunto de questões emocionais primárias, e são estas que são o motivo de tudo o que fazemos, dizemos ou pensamos, não a nossa razão.

A nossa razão, como o filósofo britânico David Hume afirmava, é escrava das nossas paixões, ou melhor dizendo, das nossas emoções.

Quando estamos em discussão com uma pessoa e as coisas ficam cada vez piores, acendendo cada vez mais as chamas do desentendimento, então só existe uma verdadeira razão base para isso estar a acontecer:

Nenhuma das duas partes está a perceber e a responder às perguntas emocionais do interlocutor, o que resulta nos dois lados ficarem completamente insatisfeitos e a muitas vezes chatearem-se um com o outro.

Por esta razão, devemos sempre entender o que o outro está verdadeiramente a perguntar, algo que a maior parte das vezes não acontece pelo conteúdo mais superficial das palavras que ele/a profere.

"Busca primeiro entender e só depois ser entendido"- Stephen Covey

Temos de ser capazes de analisar mais profundamente, e perguntarmo-nos, que questões emocionais a outra pessoa está a tentar responder e resolver.

Na minha jornada, encontrei quatro disfunções emocionais humanas básicas, onde cada uma delas, ramifica-se milhões de vezes, em tópicos cada vez mais específicos.

Um entendimento destas, certamente poderá ajudar-nos a desvendar este mistério.

1º Disfunção Falta de Amor

A primeira disfunção que eu encontrei, e talvez a que dá origem a todas as outras, é a falta de amor.

Todos nós estamos incessantemente e subconscientemente a tentar ser amados, e para isso, procuramos no Mundo à nossa volta esse mesmo amor,e só muito poucos dentro de si.

Praticamente toda a gente que vocês encontrarem estará a fazer a pergunta inconscientemente na sua interação de “ Vocês Amam-me? Sou merecedor de Amor?” de uma forma ou de outra.

Naturalmente, não irão encontrar este questionamento dito de uma forma tão simples a maior parte do tempo, mas esta disfunção está lá, de uma forma ou outra.

2º Disfunção Falta de Importância

A segunda disfunção advém da falta de importância.

Um dos desejos mais profundos de todo o ser humano, é o de se sentir importante perante os outros e sobre si mesmo.

Certamente conhecerão pessoas que tudo fazem para conseguirem este sentimento de prestígio e valor, sendo um exemplo básico, as celebridades que cada vez mais tudo fazem nos seus videoclips, e na sua vida pública para obterem atenção e fama.

A interrogação que mais carateriza esta disfunção na sua forma mais pura é:

“ Vocês acham que eu sou relevante? Será que mereço existir? “

Mais uma vez, tal como em todas as disfunções, raramente encontrarão pessoas que dirão isto assim, mas se considerarem as suas ações e palavras, notarão imediatamente a presença deste distúrbio. Nós como seres humanos desejamos ardentemente atenção e importância, porque queremos sentir que somos úteis e merecedores da nossa própria existência.

A questão não é, de deixarmos de satisfazer esta necessidade, pois isso é impossível, mas sim, de a realizarmos de forma positiva e construtiva.

3º Disfunção

Falta de Segurança

A terceira disfunção provém da falta de segurança.

Uma das coisas que o ser humano mais precisa e anseia, inclusive para a sua própria sobrevivência, é a de se sentir completamente seguro e confiante.

Muitas vezes, muitos casais discutem interminavelmente, sem chegar a uma resolução, porque a parceira não sente que o seu companheiro a está a segurar, a proteger.

De nada serve falar que se ama profundamente, porque embora possa ser verdade, o que a pessoa precisa é de se sentir segura acima de tudo nesse momento, e não amada.

A questão que mais carateriza este distúrbio na sua forma base é:

“ Vais-me proteger? Posso confiar em ti para me segurares?”

Ansiamos ardentemente por segurança, num mundo que está constantemente em mudança, onde o perigo parece saltar em cada esquina.

Precisar de segurança, não é motivo para qualquer espécie de vergonha, pois tal emoção só nos prejudica.

Como todas as outras, o segredo é encontrar uma forma (ou várias), de preencher esta necessidade de forma saudável e positiva.

4º Disfunção

Falta de Variedade

A quarta disfunção, parece uma partida que Deus realizou connosco, porque embora possamos precisar de nos sentirmos seguros, também precisamos de insegurança, imprevisibilidade ou variedade.

O que acontece quando estamos totalmente seguros de literalmente tudo o que vai acontecer para o resto da nossa vida, em todos os pormenores?

Rapidamente aborrecemo-nos!

Por isto, muitas vezes as pessoas precisam de algo que as tire da sua rotina, que dê um elemento imprevisível à sua vida, mas não de tal forma diferente que afete a necessidade de segurança.

A pergunta que mais carateriza esta necessidade é:

“ Como me vais surpreender? O que vem de novo? “

É necessário frisar que, para se preencher esta necessidade não precisamos de constantemente ir de férias para lugares exóticos, escalar o evereste, nadar com tubarões!

Por vezes, apenas ir a um restaurante novo, visualizar um novo filme, ler um novo livro entusiasmante, chega para nos sentirmos preenchidos.

Como eu disse anteriormente, estes são os troncos base das questões emocionais, e a partir daqui milhões de ramificações aparecem, cada uma mais específica que a outra, dependendo da experiência e vivência de cada indíviduo.

Por isso, cada vez que te encontrares numa situação onde tudo está a rebentar à tua volta, experimenta perguntar quais são as questões emocionais que tanto tu como a outra pessoa, estão a tentar responder e compreende honestamente o sítio de onde parte a sua comunicação.

Responde com sinceridade através de palavras, gestos e atitudes.

Garanto-te que vais sentir uma diferença enorme imediatamente e vais criar relações mais profundas e saudáveis.


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