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O Segredo de Deus

  • Fábio Beato
  • 13 de abr. de 2016
  • 3 min de leitura

A Humanidade tem tido desde o seu início uma vontade e paixão por descobrir o divino, algo que transcende a nossa existência mas que ao mesmo tempo a inclui, e sempre teve a necessidade de categorizar essas descobertas interiores, em religiões. Religiões nada mais são do que instituições organizadas à volta de uma mensagem divina, que servem como facilitadoras e orientadoras da comunicação entre o Homem e o Divino. Todavia, ao vermos os registos históricos, percebemos que praticamente todas as religiões acabam por se afastar das suas mensagens iniciais e até as distorcem com a passagem do tempo. Um dos exemplos mais próximos que temos disso é o Cristianismo. Jesus Cristo, foi um homem que no seu tempo pregou uma mensagem elevada de Amor, Compaixão e União, não só entre os homens mas de uma verdadeira ligação entre o que é a divindade e a humanidade. Na sua mensagem ele diz que nós somos unos com esta fonte e que nós somos deuses também e que podemos realizar mais do que ele fez na sua vida. O homem que pregou a total não-violência acabou por ser associado a uma religião que durante séculos matou pessoas em nome do mesmo. Uma organização que dizia que o seu Deus era constituído de Amor Incondicional, mas que ao mesmo tempo afirmava que se não fizessemos o que ele queria, seriamos condenados a um inferno de horrores para toda a eternidade. Uma entidade que também era todo-poderosa mas que precisava de adoração constante, caso contrário, poderia irritar-se e literalmente arrasar nações. Como é que podem existir tantas contradições entre as mensagens originais e os atos e ensinamentos pregados pelas organizações que dizem existir para defender e propagar as mesmas? Isto acontece porque tudo o que é rotulado acaba por se distorcer. Para algo ser rotulado, temos de dizer o que isso é e o que isso também não é, sem grande margem para a mudança verdadeira, pois para isso seria necessário uma nova rotulagem que poderia por em causa os alicerces da própria estrutura, daí o facto de a maior parte das organizações religiosas ser bastante dogmáticas, pois entendem o perigo da constante mudança e evolução do seu entendimento do que é o Divino e o Mundo. Podemos ver literalmente isto quando Darwin trouxe à luz a sua Teoria de Evolução e o quanto esta instituição criou resistência à aceitação desta descoberta empírica e científica. A evolução pode muito bem trazer a morte da religião e estas instituições bem sabem disto, daí ter sempre existido a guerra entre a Ciência e a Religião. Porém,a verdadeira espiritualidade e a verdadeira força divina nunca pode ser ameaçada de ângulo algum pois nada existe ou pode existir que a possa negar. O verdadeiro Deus é aquele que se reconhece como “Eu Sou o que Eu Sou”, admitindo que não é nada em específico, mas tudo o que existe. Deus é a própria Vida e a Vida é Deus, estas palavras representam o mesmo. Não há nada que possas olhar que não seja Deus, porque tudo é Vida e tudo são manifestações diferentes da mesma Vida Única. Nós não somos apenas filhos de Deus mas sim o PRÓPRIO Deus manifestado, cada um de nós. A verdadeira mensagem espiritual dá-nos responsabilidade e poder pessoal porque reconhece a nossa própria unicidade com a fonte de tudo o que existe, a mensagem espiritual distorcida diz-nos que estamos à mercê de uma força que é separada de nós e que exige de nós coisas impossíveis. A verdadeira mensagem espiritual diz-nos que somos Amor e que não precisamos de depender de nada nem ninguém porque já somos completos e dá-nos a responsabilidade de agirmos como o Amor que somos já a mensagem distorcida diz-nos que somos pecadores e que temos de viver uma vida inteira de sacríficio e dor para merecer o Amor divino. A vida vive no coração de cada um de nós e reconhece o quão merecedores somos da sua própria existência, querendo que nos possamos expandir e brincar infinitamente neste recreio a que chamamos viver.


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