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Responsabilização VS Culpabilização


Está cada vez mais popular a ideia na nossa civilização de que nos devemos responsabilizar por todas as coisas que acontecem na nossa vida, mas a verdade é que a maior parte de nós não faz a mínima ideia do que verdadeiramente isto significa nas nossas vidas.

Muitos acreditam que esta ideia de responsabilização está extremamente ligada à ideia de culpabilização ou de vitimização , pensando que o verdadeiro sentido da palavra e valor que é a “responsabilidade” está intimamente ligada com o sentimento de culpa e que sem estar presente este estado emocional será impossível a existência de uma responsabilização sólida, autêntica e honesta.

Talvez seja exatamente por associarmos “responsabilidade” e “culpa” que imensa gente não consegue efetuar mudanças positivas permanentes nas suas vidas, pois para tal acontecer é necessário a capacidade de responsabilização sobre as coisas que acontecem sobre o nosso domínio. A culpa é uma espécie de veneno que impede qualquer responsabilização autêntica e honesta de acontecer e desta forma qualquer mudança sincera.

Um ser consciente percebe esta verdade e então assume responsabilidade sobre todas as coisas que acontecem na sua vida, mesmo as que parecem totalmente aleatórias e acidentais.

Naturalmente, através de uma perspetiva consciente limitada não conseguimos entender o que está por detrás deste tipo de atitude, mas quando olhamos mais atentamente tudo acaba por se tornar mais claro.

Uma pessoa que esteja consciente da sua influência na realidade entende o que os outros não conseguem entender, nomeadamente que, embora possa não existir autoria própria consciente para o acontecimento em questão, a única forma de conseguirmos pegar nesse evento e torná-lo positivo é assumi-lo como se fosse de nossa responsabilidade e a partir daí agir para transmutá-lo num Bem.

Se considerarmos que não temos responsabilidade sobre algo, então também não podemos alterar o que aconteceu, pois só através da aceitação interior dessa mesma responsabilidade sobre o que acontece é que advém o poder de alterar a própria realidade.

Talvez a razão principal para fugirmos de responsabilidade é exatamente por não sabermos o que verdadeiramente significa tal valor. Esta virtude é associada ignorantemente a ser um fardo e algo que não é positivo nem agradável, daí tantos negarem autoria total sobre as suas vidas. Realmente, ao ver a responsabilidade dessa perspetiva, faz todo o sentido querermos fugirmos da mesma.

Porém, quando comecemos a sair das correntes da ignorância e a entender que este valor não é um fardo mas sim um grande instrumento que nos permite criar a nossa realidade com mais poder e alcance, podemos começar a apreciar e a querermos aproximarmo-nos desta virtude.

Quanto mais responsabilidades temos na nossa existência mais poder de criação e transmutação conseguimos obter para a realização da realidade dos nossos sonhos.

Não só teremos mais poder como também seremos mais amados e respeitados pelos que nos rodeiam, e acima de tudo seremos considerados como seres confiáveis, e todos sabemos que a confiança é a base de todas as relações humanas, independentemente do seu tipo. É altura de começarmos a sair das programações sociais que foram instauradas desde a nossa tenra infância no nosso subconsciente, apenas com o propósito de nos retirar poder pessoal, para mudarmos e modelarmos as nossas vidas conforme os nossos maiores desejos e inspirações.

Estamos neste planeta para o transmutarmos cada vez mais num mundo onde o Bem e o Belo possam ser expressos com maior precisão e abundância a cada geração que passa, e só poderemos atingir esse nosso objetivo se começarmos a perceber o que nos verdadeiramente ajuda e aquilo que disfarçado de Bem acaba por nos prejudicar.

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